Os novos craques do céu
- Ingrid Garcez
- 9 de jan. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 25 de fev. de 2020
O que fazemos quando não alcançamos aquilo que tanto batalhamos para conquistar? Choramos? Ficamos emburrados? Decepcionados? Eu não sei, cada um possui sua própria maneira de expressar a frustração. O que sei é que temos que agradecer por pelo menos estarmos vivos, para poder ter algum tipo de reação ao “fracasso” de um sonho.
A chance de comemorar o sucesso ou chorar a decepção os dez meninos das categorias de base do Flamengo, falecidos no incêndio da última sexta-feira (08/02), jamais terão. Mães não ficarão mais felizes ao ver seus filhos jogarem, pais não vão dizer com orgulho “Esse moleque é meu filho”, amigos nunca mais farão farra da mesma maneira. Por ironia do destino ou irresponsabilidade administrativa, os sonhos desses garotos foram interrompidos...
Fica uma sensação de vazio, uma tristeza geral no esporte mais popular do país, um aperto no coração e, com certeza, as lágrimas escorrendo pelo rosto.
A vida é passageira, um sopro. Não se pode deixar para amanhã o que se quer fazer ou dizer. O orgulho não pode nos impedir de demonstrar afeto, daqui a um segundo pode ser tarde demais. O beijo de bom dia ou o boa noite estressado de quem já está morrendo de sono, pode ser o último. Amanhã você pode já não encontrar aquele amigo que vê todos os dias. Amanhã seus pais podem não estar mais em casa, quando você voltar de mais um dia normal.
Hoje já não existem times rivais. Não existem pessoas que não gostam de futebol. Agora, somos todos seres humanos em busca de realizarmos sonhos, assim como os novos craques do céu.

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