Para mim, por mim
- Ingrid Garcez
- 12 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Depois de anos aprendi que antes de ser para o mundo, eu preciso ser para mim, e assim tenho feito. Estou ocupando o meu tempo sendo a melhor versão que posso ser de mim mesma.
De pouquinho em pouquinho estou aprendendo a conviver melhor comigo, mas confesso que há dias em que essa tarefa se torna praticamente impossível. Também passei a me ouvir mais e a prestar mais atenção nos meus pensamentos. Não estou mais fugindo dos meus sentimentos. Se é para doer, que doa até a última gota de sofrimento. Se é para amar, que seja para transbordar, mas que eu nunca me esqueça de me amar em primeiro lugar.
Aprendi a reconhecer os meus limites e a não me forçar, já que me desgastar por terceiros não compensa. Hoje, abraço as minhas dúvidas e reconheço que não sei tudo, a maturidade me ensinou isso. A propósito, ela também me deu a permissão de sentir. Sinto muito, eu não sei sentir pouco. Sou esta pessoa intensa 24 horas por dia e não há nada de errado com esse meu jeito de ser. Errado é tentar mergulhar em quem é raso. Mas não corro mais esse risco, porque agora estou em um profundo mergulho dentro de mim.
Isso nada tem a ver com ser desapegada, não é nada disso. É só uma questão de prioridade, não posso me doar completamente para alguém sem que eu me doa a mim primeiro. E para ser sincera, às vezes não é nada fácil manter o foco em mim, mas um dia de cada vez.
Venho pensando muito sobre as escolhas que fiz e entendi que não devo depositar expectativas em ninguém, pois a única pessoa que posso controlar sou eu mesma. Mais do que isso, compreendi a não terceirizar a minha felicidade, eu sou responsável por realizar o que me faz feliz.
Por este motivo, estou focando no que eu quero e ocupando o meu tempo com a melhor versão que consigo ser nesse momento. Para mim, por mim.

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