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INGRID GARCEZ

Aspirante a jornalista

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SOBRE MIM

UMA GAROTA EM SEU DÉCIMO NONO CAPÍTULO DE VIDA, QUE CORRE CONTRA O TEMPO PARA REALIZAR SEUS SONHOS. SIM, ESSA SOU EU. PRAZER, INGRID.

NASCIDA EM TAUBATÉ, INTERIOR DE SÃO PAULO. DESDE PEQUENA FAÇO DAS PALAVRAS O MEU REFÚGIO, ESCREVER É O MEU JEITO DE MOSTRAR AO MUNDO O QUE TANTO ESTÁ EM MEU CORAÇÃO. 

CONTRARIANDO AS FORÇAS DO UNIVERSO, SOU UMA GEMINIANA QUE TEM COMO PRINCIPAL IDEAL MANTER OS PÉS O MÁXIMO POSSÍVEL LONGE DO CHÃO. NÃO SUPORTO ME SENTIR PRESA, COMO UM PÁSSARO ENGAIOLADO. NASCI PARA SER LIVRE, O MUNDO É MINHA CASA.

ATUALMENTE, SIGO TRILHANDO O MEU CAMINHO EM BUSCA DO MEU MAIOR OBJETIVO, ME TORNAR UMA JORNALISTA. O BLOG SERÁ O CANAL ONDE COMPARTILHAREI MEU COTIDIANO, MINHAS EXPERIÊNCIAS DA FACULDADE, VIVÊNCIAS E DEVANEIOS.

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A 2019 digo: Obrigada!

  • Foto do escritor: Ingrid Garcez
    Ingrid Garcez
  • 25 de fev. de 2020
  • 3 min de leitura

Prometo tentar não me prolongar, mesmo você tendo sido bem longo para nós. Aproveitando a deixa, tem certeza de que foram apenas doze meses? Porque a sensação que tenho é que vivi uma vida inteira em 2019, só não me decidi ainda se isso é bom ou ruim.


Sinto mágoa de você, admito. Passei grande parte dessas semanas desejando que você terminasse o mais rápido possível. E pode acreditar, outras inúmeras pessoas desejaram o mesmo. Era (e, em partes, ainda é) um desejo meio compartilhado com todo mundo, porque ninguém suportava mais, te encarar de frente, estava difícil. Você estava sempre sendo criticado, fazia o papel de vilão. Me perdoe se pareço cruel falando dessa maneira, mas é que você não deu trégua, né? Foi uma bordoada atrás da outra.


Vários socos seguidos e certeiros no nosso estômago. E não é fácil se manter de pé quando isso acontece. Foi difícil encontrar uma razão para não abrir mão de tudo e desistir, não jogar a toalha. Havia dias em que a gente simplesmente não queria levantar da cama e ficava se apoiando nas coisas, para ver se conseguia carregar o próprio peso sem desabar. Tu tem ideia do que é isso?


Muitas noites eu dormi chorando. De medo. De dor. De mágoa. De ódio. E na manhã seguinte despertava decidida a dar um jeito nessa bagunça. Mas não dava. Não dava porque, de alguma forma, o universo não permitia. E depois ficava um pouco mais complicado. “Por que ter forças se tudo permanecerá igual?” questionávamos. Quando perdemos o eixo, o compasso, encontrar um motivo para continuar se torna um desafio. E fomos desafiados o tempo todo. Por terceiros, pela natureza, pela vida e por nós mesmos. Foram testes consecutivos. O caminho nunca esteve tão cheio de pedras e foi impossível não tropeçar em algumas. Vi muita gente cair. Eu mesma desabei sei lá quantas vezes nesses doze meses. Fui parar com a cara no chão, direto. Atingi o fundo do poço. Chegou uma hora que eu já nem tentava mais me segurar, só caia. Quem conseguiu sair de 2019 sem nenhuma cicatriz que atire a primeira pedra.


Mesmo nos instantes em que eu pensava que as coisas iriam melhorar, o mundo me mostrava que estava enganada e desabava novamente. Você me rendeu uma dor nas costas que vai levar um bom tempo para passar. Tem muita gente andando envergado depois de carregar tanto peso, algumas marcas que você deixou são profundas, ainda não cicatrizaram e ardem naquelas madrugadas em que a insônia nos faz companhia. Foram noites em claro refletindo sobre os problemas que assombravam nossa cabeça. Pensando na crise política, nas pessoas que se foram tão cedo, no caos. Seus resquícios vão durar um bocado ainda, vão se arrastar pelos próximos anos, e a gente ainda vai falar bastante de 2019.


É, estou parecendo uma adolescente rebelde. Revoltada. Amargurada. E, confesso, que estive assim durante boa parte do tempo. Mas, no meio de toda a bagunça, dessa competição de crises, do cansaço físico e emocional, hoje consigo ver que talvez você não seja o lobo mau. Sim, você foi ruim. Eu queria te apagar do calendário, pular direto para 2020. Só que você foi necessário. Quando digo que vivi uma vida toda só nesses últimos doze meses, também estou dizendo que amadureci uma vida inteira desde janeiro. Cresci tanto. Foi meio a força, é verdade, mas quem se importa? Me tornei alguém melhor, mais forte e mais crente. Afinal, ninguém passa por tudo que passamos e continua intacto. Sinceramente, pensei que seu saldo fosse ser negativo, porém eu estava errada. Pelo contrário! A gente aprendeu muito com todas as curvas e com essas tempestades que alagaram os nossos caminhos.


Duvidamos do quanto conseguiríamos aguentar. E aí a vida foi cobrando cada vez mais. Demos tudo aquilo que podíamos, só que ela não estava satisfeita. Despencamos em alguns momentos. Sofremos e choramos. Sim, tiveram dias de sol, mas a maioria foi nublado e cinzento. Parece que o inverno durou o ano todo. Porém, agora o verão chegou. A tal da luz no fim do túnel apareceu e, apesar da vontade de correr até ela ser grande, não dá para fazer isso antes de refletir um pouco. De imediato, o saldo realmente parece negativo, mas quando analisamos um pouco mais dá para ver que não. Foi difícil, cansativo e pesado. Mas também foi cheio de ensinamentos, cheio de superação. Trouxemos à tona questões que não podem ser esquecidas. Gritamos, abraçamos e amamos.



Dois mil e dezenove foi cheio de dificuldades, repleto de notícias ruins, de altos e baixos. Mas foi o ano em que descobrimos que se damos as mãos, somos mais fortes. E, se quer saber, olhar para trás me fez perceber que o saldo está verdinho, positivo. Quem conseguiu chegar até aqui dificilmente irá desmoronar por qualquer chuvinha. Estamos preparados para quase tudo, graças a você, 2019.

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